Conmebol declara Fortaleza vencedor após invasão de campo no Chile

Por Thesco Duarte em 30/04/2025 20:17:12

Foto: Javier Torres/AFP

Torcedores do Colo-Colo interromperam a partida; clube chileno é punido com portões fechados e multa de 80 mil dólares

A Conmebol oficializou a decisão: o Fortaleza foi declarado vencedor da partida contra o Colo-Colo, válida pela fase de grupos da Copa Libertadores. O jogo, disputado no Estádio Monumental, em Santiago, foi interrompido aos 24 minutos do segundo tempo após torcedores da equipe chilena invadirem o gramado, forçando a paralisação da partida.

Diante do cenário de desordem e insegurança, a entidade sul-americana aplicou sanções ao Colo-Colo, seguindo os regulamentos da competição. O resultado oficial foi fixado em 3 x 0 para o Fortaleza, que assim ganha três pontos fundamentais na luta por uma vaga na próxima fase. Com isso, o clube cearense deixa a última colocação e chega aos 4 pontos no Grupo E, empatado com o Racing, da Argentina. O líder do grupo é o Bucaramanga, da Colômbia.

Além da derrota decretada, o Colo-Colo foi punido com portões fechados em seus próximos cinco jogos como mandante em torneios organizados pela Conmebol. A equipe chilena também foi multada em 80 mil dólares (cerca de R$ 454 mil, na cotação atual), valor que será descontado da premiação pela participação na Libertadores.

A decisão da entidade vai ao encontro do que esperava a diretoria do Fortaleza, que desde a suspensão do jogo fundamentava seu pedido nos próprios regulamentos da Conmebol, que preveem punições severas ao clube mandante responsável por falhas na segurança e controle da torcida.

O episódio lamentável foi ainda mais agravado por ocorrências fora das quatro linhas: duas pessoas morreram nos arredores do Estádio Monumental antes do início do confronto, o que reforça a gravidade do ambiente de insegurança enfrentado naquele dia.

Cabe ao Colo-Colo o direito de recorrer da decisão em até sete dias, mas, até o momento, a Conmebol mantém sua posição firme diante dos incidentes que colocaram em risco jogadores, comissões técnicas e o espetáculo do futebol.

Matéria: Thesco Duarte

Foto: Javier Torres/AFP